quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Resumo : Casais Inteligentes Enriquecem Juntos (Gustavo Cerbasi)

 

É possível aprender meios de se relacionar melhor com o

dinheiro; o difícil é resistir às tentações que ele nos oferece. Se seus objetivos de vida não

forem claramente estabelecidos, será muito difícil abrir mão da possibilidade de adquirir um

item de consumo

 

1. Em relação à renda de cada um:

a) Um não sabe quanto o outro ganha.

b) Um tem uma idéia de quanto o outro ganha, mas não há necessidade de discutir esse assunto.

c) Os dois sabem exatamente quanto cada um ganha (mesmo que só um tenha renda).

2. Como vocês administram a renda do casal?

a) Cada um paga suas contas, os gastos conjuntos são divididos igualmente entre os dois e os investimentos são separados.

b) Os dois mantêm contas-correntes e investimentos separados,mas o pagamento das contas do casal é decidido por acordo entre os dois.

c) A renda dos dois é somada, as contas são pagas do bolo total e os dois investem juntos.

3. Como são feitas as decisões de compras e gastos da casa de vocês?

a) Cada um fica responsável por determinada compra ou gasto e usa o bom senso quanto aos valores.

b) Mesmo quando as compras são feitas separadamente, sempre há alguma conversa sobre quanto gastar e a disponibilidade de saldos e limites.

c) Há previsões de valores para cada tipo de gasto do mês, ambos as compartilham e discutem ajustes quando não é possível mantê-las.

4. Em relação ao orçamento doméstico:

a) Vocês não realizam nenhum controle mensal de gastos.

b) Um de vocês faz um controle periódico, mas raramente conversam a respeito.

c) Ambos discutem o orçamento doméstico ao menos a cada dois meses.

5. Em relação ao futuro:

a) Vocês mal conseguem controlar o presente, por isso não têm condições de se preocupar com o futuro.

b) Vocês poupam ou contribuem para um plano de previdência mensalmente, menos do que gostariam ou só para garantir alguma coisa na velhice.

c) Vocês investem com regularidade ou contribuem para um plano que seguramente garantirá o sustento na velhice.

6. Se hoje tiverem um gasto inesperado igual a duas vezes a renda mensal de vocês, como farão?

a) Recorrerão a empréstimos.

b) Resgatarão recursos, consumindo mais de 20% das reservas.

c) Vocês têm uma reserva específica para contingências e novos gastos ou resgatarão menos de 20% das reservas.

7. Como vocês planejam as férias?

a) Trabalham nas férias para pagar as contas.

b) Tiram férias de acordo com o dinheiro que sobra na conta ou utilizam recursos investidos sem finalidade específica.

c) Planejam as férias com antecedência, aplicando recursos durante alguns meses especificamente para esse fim.

8. Em relação aos gastos de ambos, vocês:

a) Não se preocupam com controles, anotações em canhoto de cheques e arquivamento de comprovantes.

b) Apenas um dos dois cuida dos controles, já que o outro não se interessa ou não consegue fazê-lo.

c) Controlam todos os gastos e conversam freqüente e abertamente sobre eles.

9. Quanto aos investimentos do casal:

a) Cada um investe seu dinheiro ou apenas um dos dois investe e ooutro não entende do assunto ou não está a par.

b) Os investimentos são somados em uma única conta, ambos conhecem o total investido, mas apenas um dos dois escolhe onde investir.

c) Ambos discutem abertamente as alternativas de investimento e conhecem saldos e objetivos de diferentes aplicações.

10. Como vocês mantêm os controles financeiros?

a) Tudo o que já foi gasto não importa mais; os comprovantes são jogados fora.

b) Os comprovantes, notas fiscais, canhotos e contas são guardados todos juntos, sem muita organização.

c) Os pagamentos feitos são arquivados por tipo de gasto, apenas pelo período exigido por lei. Comprovantes desnecessários e canhotos de cheque são jogados fora quanto antes.

PONTUAÇÃO

Atribua, para cada resposta:

• a, 1 ponto;

• b, 2 pontos;

• c, 3 pontos.

RESULTADOS DO TESTE

10 a 15 pontos: vocês ainda estão tropeçando um no outro. 0 dinheiro continua sendo

um tabu entre vocês, pois provavelmente cada um tem uma visão diferente acerca de

objetivos e limites de gastos. Mais cedo ou mais tarde, conflitos sobre dinheiro vão

atrapalhar seu relacionamento, se já não o fazem. É hora de se sentarem juntos,

conversarem um pouco sobre o que já fazem com o dinheiro e sobre o que têm

dúvidas. Discutam o que precisa ser feito para tornar o orçamento mais eficiente e

pensem em traduzir nas finanças o que vocês esperam do relacionamento: uma forte

união.

16 a 25 pontos: muito do que precisaria ser feito para o sucesso financeiro de vocês já

foi posto em prática. Provavelmente, um puxa o outro em relação aos objetivos e às

necessidades financeiras para atingi-los. Com certeza, vocês podem melhorar a eficiência do

uso do dinheiro estudando um pouco mais as alternativas de que dispõem, seja para

investimentos, seja em situação de aquisição de bens.

26 a 30 pontos: vocês estão a todo o vapor no caminho do enriquecimento. Parabéns!

Essa sintonia quanto ao dinheiro provavelmente se traduz no dia-a-dia do relacionamento, e

vocês devem ter muito menos problemas do que casais de amigos seus. Dividam seus

conhecimentos e seus hábitos com casais amigos!

 

0 raciocínio a ser utilizado na aquisição de um imóvel é o da outra parte na negociação. Se

alugar é um péssimo negócio para os proprietários, é um ótimo negócio para os inquilinos. Entre

comprar uma casa à vista e alugar outra de mesmo valor, é melhor alugar. Em vez de desembolsar R$

100.000,00, apliquem esse valor e paguem com sobra um aluguel de R$ 800,00, já que a renda

mensal com os juros será em torno de R$ 1.000,00.

E se vocês não tiverem os R$ 100.000,00 para comprar à vista? Vale a pena entrar num

financiamento? Vejam o exemplo que desenvolvi no livro Dinheiro - Os Segredos de Quem Tem:

• Para adquirir um imóvel cujo preço à vista é de R$ 100.000,00,

será necessário pagar uma prestação média de R$ 1.101,09 se

vocês optarem por um financiamento de vinte anos com juros

mensais de 1% mais inflação5.

• Se, em vez de entrarem em um financiamento, optarem por alugar

um imóvel de padrão idêntico (mesmo preço de venda), irão

• pagar R$ 800,00 por mês, na pior das hipóteses.

Se vocês tomarem o cuidado de poupar a diferença de R$ 301,096

durante vinte anos, a juros líquidos de 0,6% ao mês (após taxas,

impostos e inflação), acumularão nesse período o equivalente a,

em valores de hoje, R$ 160.710,50.

• Se, após os vinte anos de poupança, vocês pararem de poupar os R$ 301,09 todo mês e

deixarem o dinheiro acumulado rendendo juros líquidos de 0,6% ao mês, terão uma renda

mensal para o resto da vida de R$ 964,26, dinheiro mais que suficiente para sempre alugar

um imóvel novo de R$ 100.000,00 e ainda deixar o patrimônio crescendo. Sem contar que,

após vinte anos, o imóvel comprado já estaria bastante depreciado...

 

Vocês começarão com o pé direito se, desde o começo, ambos:

• Construírem sonhos e planos comuns.

• Elaborarem e respeitarem um orçamento familiar.

• Forem disciplinados em relação aos investimentos familiares.

• Mantiverem as contas em dia.

• Celebrarem a conquista de metas financeiras.

_

 

1) Qualquer casal pode fazer o próprio planejamento financeiro se

dedicar alguns minutos por semana ao seu futuro.

2) 0 planejamento financeiro familiar não pode ser complicado. Após

dedicar algumas poucas horas a sua elaboração, basta fazer

pequenos ajustes periódicos (talvez, semestralmente) nas metas para

orientar a vida para o caminho da prosperidade. Tais ajustes se

riam decorrentes de mudanças nos salários, na rentabilidade dos

investimentos, na inflação e nos objetivos do plano. Se o controle

financeiro familiar for difícil demais e lhes tomar muito tempo,

vocês tenderão a abandoná-lo para aproveitar melhor os momentos

de lazer.

 

É notório o fato de que, para enriquecer, é preciso aprender a gastar.

Sua riqueza não depende do que vocês ganham, mas sim de como gastam.

 

Alguns pontos são essenciais no planejamento financeiro:

 

• Controle de gastos.

• Estabelecimento de metas.

• Disciplina com investimentos.

• Ajustes referentes a inflação e mudanças na renda.

• Administração do que se conquistou.

 

 

A sensação de riqueza se mede pelo estado de espírito, e não pela conta bancária. É rico quem

tem uma vida feliz, saúde para vivê-la e também uma renda garantida para manter essa felicidade

conquistada ao longo da existência. E a felicidade se constrói com escolhas - inclusive do padrão

de consumo que se deseja ter.

 

A riqueza com abundância financeira é algo que pode ser construído com um plano de objetivos. A

fórmula da abundância financeira é simples:

Gastem menos do que vocês ganham e invistam a diferença. Depois reinvistam seus

retornos até atingir uma massa crítica de capital que gere a renda que desejam para o

resto da vida.

 

 

Recapitulando: o primeiro passo para a independência financeira é gastar menos do que

se ganha, controlando o orçamento doméstico. A seguir, traçar um plano que defina quanto

poupar por mês, e durante quanto tempo, para chegar à renda que vocês pretendem ter na

aposentadoria. Se, além disso, conseguirem fazer sobrar mais do que precisavam para

cumprir as metas do plano, no final do mês haverá dinheiro sobrando na conta.

 

Então, mãos à obra. Cortem drasticamente os gastos. Economizem energia, água e gás. Comprem

mais tarde na feira, cortem os supérfluos no supermercado, proíbam a si mesmos de gastar com lazer

e vestuário. Economizem gasolina:. Proponham-se realmente

fazer sobrar dinheiro.

.

Não há investimento bom para quem está atolado em dívidas.

 

 

 

 

 

 

Para simplificar o trabalho e economizar o tempo de vocês, preparei uma

tabela bastante prática que fornece o valor mensal a ser poupado para obter uma reserva de R$

100.000,00.

Seu uso é muito simples. Vejam o número assinalado na tabela da página seguinte. Se vocês

obtêm hoje 0,65% ao mês de rentabilidade líquida e desejam formar uma reserva de R$ 100.000,00

daqui a vinte anos, precisam poupar todo mês R$ 174,04 nesse mesmo investimento. Se a meta não

for de R$ 100.000,00, e sim de R$ 200.000,00, será preciso poupar exatamente o dobro, ou seja, R$

348,08. Se vocês têm pressa e não querem esperar vinte anos, e sim apenas dez, precisam

aplicar R$ 552,73 por mês no mesmo investimento.

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Dois cuidados são imprescindíveis para o sucesso do plano:

1) Saber qual é a rentabilidade de seu investimento: a tabela funciona com rentabilidade líquida,

ou seja, após o pagamento do imposto de renda e o desconto da inflação. Verifiquem se a

rentabilidade do investimento que aparece em seu extrato bancário inclui ou não o imposto

de renda pago. Depois de abater o IR, vocês devem subtrair a inflação mensal usando os

índices mais comuns do mercado (IGP-M ou INPC) ou um índice próprio de inflação, baseado

na variação de seus custos fixos mensais.

2) Corrigir o valor mensal pela inflação: nunca se esqueçam de corrigir periodicamente pela

inflação o valor mensal a ser poupado. Se isso não for feito, o dinheiro acumulado no futuro

será aquele que vocês projetaram, mas a capacidade de compra dele - isto é, seu valor - será

bem menor. A mesma inflação que vocês usam para "limpar" sua taxa de juros deve ser

usada para aumentar o valor mensal a ser poupado.

 

Faço questão de enfatizar a idéia de que as coisas mais importantes da vida são acessíveis a

qualquer pessoa. Momentos únicos a dois, abraços carinhosos dos filhos, beijos apaixonados e

intermináveis, caminhadas por lugares desconhecidos, horas de paz sem fazer nada em um local

bucólico são prazeres simples, que nada custam e são deixados para trás - e por quê? A desculpa é

a falta de tempo que o trabalho nos impõe. Sim, mas o trabalho nos rouba o tempo porque

desejamos ter mais dinheiro. E desejamos ter mais dinheiro para poder consumir, para poder pagar

aquela peça de teatro que estará em cartaz somente até esta semana, para assistir àquele espetáculo

caríssimo, de apresentação única, ou para poder renovar o guarda-roupa (já que a moda mudou).

Gastamos o pouco tempo que temos em consumo porque todo o tempo restante é dedicado ao

pagamento do tempo de consumo. Não há lógica!

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