É possível aprender meios de se
relacionar melhor com o
dinheiro; o difícil é resistir às
tentações que ele nos oferece. Se seus objetivos de vida não
forem claramente estabelecidos, será
muito difícil abrir mão da possibilidade de adquirir um
item de consumo
1. Em relação à renda de cada um:
a) Um não sabe quanto
o outro ganha.
b) Um tem uma idéia de
quanto o outro ganha, mas não há necessidade de discutir esse assunto.
c) Os dois sabem
exatamente quanto cada um ganha (mesmo que só um tenha renda).
2. Como vocês administram a renda do casal?
a) Cada um paga suas
contas, os gastos conjuntos são divididos igualmente entre os dois e os
investimentos são separados.
b) Os dois mantêm
contas-correntes e investimentos separados,mas o pagamento das contas do casal
é decidido por acordo entre os dois.
c) A renda dos dois é
somada, as contas são pagas do bolo total e os dois investem juntos.
3. Como são feitas as decisões de compras e gastos
da casa de vocês?
a) Cada um fica
responsável por determinada compra ou gasto e usa o bom senso quanto aos
valores.
b) Mesmo quando as
compras são feitas separadamente, sempre há alguma conversa sobre quanto gastar
e a disponibilidade de saldos e limites.
c) Há previsões de
valores para cada tipo de gasto do mês, ambos as compartilham e discutem
ajustes quando não é possível mantê-las.
4. Em relação ao orçamento doméstico:
a) Vocês não realizam
nenhum controle mensal de gastos.
b) Um de vocês faz um
controle periódico, mas raramente conversam a respeito.
c) Ambos discutem o
orçamento doméstico ao menos a cada dois meses.
5. Em relação ao futuro:
a) Vocês mal conseguem
controlar o presente, por isso não têm condições de se preocupar com o futuro.
b) Vocês poupam ou
contribuem para um plano de previdência mensalmente, menos do que gostariam ou
só para garantir alguma coisa na velhice.
c) Vocês investem com
regularidade ou contribuem para um plano que seguramente garantirá o sustento
na velhice.
6. Se hoje tiverem um gasto inesperado igual a duas
vezes a renda mensal de vocês, como farão?
a) Recorrerão a
empréstimos.
b) Resgatarão
recursos, consumindo mais de 20% das reservas.
c) Vocês têm uma
reserva específica para contingências e novos gastos ou resgatarão menos de 20%
das reservas.
7. Como vocês planejam as férias?
a) Trabalham nas
férias para pagar as contas.
b) Tiram férias de
acordo com o dinheiro que sobra na conta ou utilizam recursos investidos sem
finalidade específica.
c) Planejam as férias
com antecedência, aplicando recursos durante alguns meses especificamente para
esse fim.
8. Em relação aos gastos de ambos, vocês:
a) Não se preocupam
com controles, anotações em canhoto de cheques e arquivamento de comprovantes.
b) Apenas um dos dois
cuida dos controles, já que o outro não se interessa ou não consegue fazê-lo.
c) Controlam todos os
gastos e conversam freqüente e abertamente sobre eles.
9. Quanto aos investimentos do casal:
a) Cada um investe seu
dinheiro ou apenas um dos dois investe e ooutro não entende do assunto ou não
está a par.
b) Os investimentos são
somados em uma única conta, ambos conhecem o total investido, mas apenas um dos
dois escolhe onde investir.
c) Ambos discutem
abertamente as alternativas de investimento e conhecem saldos e objetivos de
diferentes aplicações.
10. Como vocês mantêm os controles financeiros?
a) Tudo o que já foi
gasto não importa mais; os comprovantes são jogados fora.
b) Os comprovantes,
notas fiscais, canhotos e contas são guardados todos juntos, sem muita
organização.
c) Os pagamentos
feitos são arquivados por tipo de gasto, apenas pelo período exigido por lei.
Comprovantes desnecessários e canhotos de cheque são jogados fora quanto antes.
PONTUAÇÃO
Atribua, para cada resposta:
• a, 1 ponto;
• b, 2 pontos;
• c, 3 pontos.
RESULTADOS DO TESTE
10 a 15 pontos: vocês ainda estão tropeçando um no outro. 0 dinheiro continua
sendo
um tabu entre vocês, pois provavelmente
cada um tem uma visão diferente acerca de
objetivos e limites de gastos. Mais cedo
ou mais tarde, conflitos sobre dinheiro vão
atrapalhar seu relacionamento, se já não
o fazem. É hora de se sentarem juntos,
conversarem um pouco sobre o que já fazem
com o dinheiro e sobre o que têm
dúvidas. Discutam o que precisa ser feito
para tornar o orçamento mais eficiente e
pensem em traduzir nas finanças o que
vocês esperam do relacionamento: uma forte
união.
16 a 25 pontos: muito do que precisaria ser feito para o sucesso financeiro de
vocês já
foi posto em prática. Provavelmente, um
puxa o outro em relação aos objetivos e às
necessidades financeiras para atingi-los.
Com certeza, vocês podem melhorar a eficiência do
uso do dinheiro estudando um pouco mais
as alternativas de que dispõem, seja para
investimentos, seja em situação de
aquisição de bens.
26 a 30 pontos: vocês estão a todo o vapor no caminho do enriquecimento. Parabéns!
Essa sintonia quanto ao dinheiro
provavelmente se traduz no dia-a-dia do relacionamento, e
vocês devem ter muito menos problemas do
que casais de amigos seus. Dividam seus
conhecimentos e seus hábitos com casais
amigos!
0 raciocínio a ser utilizado na aquisição
de um imóvel é o da outra parte na negociação. Se
alugar é um péssimo negócio para os
proprietários, é um ótimo negócio para os inquilinos. Entre
comprar uma casa à vista e alugar outra
de mesmo valor, é melhor alugar. Em vez de desembolsar R$
100.000,00, apliquem esse valor e paguem
com sobra um aluguel de R$ 800,00, já que a renda
mensal com os juros será em torno de R$
1.000,00.
E se vocês não tiverem os R$ 100.000,00
para comprar à vista? Vale a pena entrar num
financiamento? Vejam o exemplo que
desenvolvi no livro Dinheiro - Os Segredos de Quem Tem:
• Para adquirir um imóvel cujo preço à
vista é de R$ 100.000,00,
será necessário pagar uma prestação média
de R$ 1.101,09 se
vocês optarem por um financiamento de
vinte anos com juros
mensais de 1% mais inflação5.
• Se, em vez de entrarem em um
financiamento, optarem por alugar
um imóvel de padrão idêntico (mesmo preço
de venda), irão
• pagar R$ 800,00 por mês, na pior das
hipóteses.
• Se vocês tomarem o
cuidado de poupar a diferença de R$ 301,096
durante vinte anos, a juros líquidos de
0,6% ao mês (após taxas,
impostos e inflação), acumularão nesse
período o equivalente a,
em valores de hoje, R$ 160.710,50.
• Se, após os vinte anos de poupança,
vocês pararem de poupar os R$ 301,09 todo mês e
deixarem o dinheiro acumulado rendendo
juros líquidos de 0,6% ao mês, terão uma renda
mensal para o resto da vida de R$ 964,26,
dinheiro mais que suficiente para sempre alugar
um imóvel novo de R$ 100.000,00 e ainda
deixar o patrimônio crescendo. Sem contar que,
após vinte anos, o imóvel comprado já
estaria bastante depreciado...
Vocês começarão com o pé direito se,
desde o começo, ambos:
• Construírem sonhos e planos comuns.
• Elaborarem e respeitarem um orçamento
familiar.
• Forem disciplinados em relação aos
investimentos familiares.
• Mantiverem as contas em dia.
• Celebrarem a conquista de metas
financeiras.
_
1) Qualquer casal pode fazer o próprio
planejamento financeiro se
dedicar alguns minutos por semana ao seu
futuro.
2) 0 planejamento financeiro familiar não
pode ser complicado. Após
dedicar algumas poucas horas a sua
elaboração, basta fazer
pequenos ajustes periódicos (talvez,
semestralmente) nas metas para
orientar a vida para o caminho da
prosperidade. Tais ajustes se
riam decorrentes de mudanças nos
salários, na rentabilidade dos
investimentos, na inflação e nos
objetivos do plano. Se o controle
financeiro familiar for difícil demais e
lhes tomar muito tempo,
vocês tenderão a abandoná-lo para
aproveitar melhor os momentos
de lazer.
É notório o fato de que, para enriquecer,
é preciso aprender a gastar.
Sua riqueza não depende do que vocês
ganham, mas sim de como gastam.
Alguns pontos são essenciais no
planejamento financeiro:
• Controle de gastos.
• Estabelecimento de metas.
• Disciplina com investimentos.
• Ajustes referentes a inflação e
mudanças na renda.
• Administração do que se conquistou.
A sensação de riqueza se mede pelo estado
de espírito, e não pela conta bancária. É rico quem
tem uma vida feliz, saúde para vivê-la e
também uma renda garantida para manter essa felicidade
conquistada ao longo da existência. E a
felicidade se constrói com escolhas - inclusive do padrão
de consumo que se deseja ter.
A riqueza com abundância financeira é
algo que pode ser construído com um plano de objetivos. A
fórmula da abundância financeira é
simples:
Gastem menos do que vocês ganham e invistam a diferença. Depois
reinvistam seus
retornos até atingir uma massa crítica de capital que gere a renda
que desejam para o
resto da vida.
Recapitulando: o primeiro passo para a independência financeira é gastar menos do
que
se ganha, controlando o orçamento doméstico. A seguir, traçar um
plano que defina quanto
poupar por mês, e durante quanto tempo, para chegar à renda que
vocês pretendem ter na
aposentadoria. Se, além disso, conseguirem fazer sobrar mais do
que precisavam para
cumprir as metas do plano, no final do mês haverá dinheiro
sobrando na conta.
Então, mãos à obra. Cortem drasticamente
os gastos. Economizem energia, água e gás. Comprem
mais tarde na feira, cortem os supérfluos
no supermercado, proíbam a si mesmos de gastar com lazer
e vestuário. Economizem gasolina:.
Proponham-se realmente
fazer sobrar dinheiro.
.
Não há investimento bom para quem está atolado em dívidas.
Para simplificar o trabalho e economizar
o tempo de vocês, preparei uma
tabela bastante prática que fornece o
valor mensal a ser poupado para obter uma reserva de R$
100.000,00.
Seu uso é muito simples. Vejam o número
assinalado na tabela da página seguinte. Se vocês
obtêm hoje 0,65% ao mês de rentabilidade
líquida e desejam formar uma reserva de R$ 100.000,00
daqui a vinte anos, precisam poupar todo
mês R$ 174,04 nesse mesmo investimento. Se a meta não
for de R$ 100.000,00, e sim de R$
200.000,00, será preciso poupar exatamente o dobro, ou seja, R$
348,08. Se vocês têm pressa e não querem
esperar vinte anos, e sim apenas dez, precisam
aplicar R$ 552,73 por mês no mesmo
investimento.
68
Dois cuidados são imprescindíveis para o
sucesso do plano:
1) Saber qual é a rentabilidade de seu
investimento: a tabela funciona com rentabilidade líquida,
ou seja, após o pagamento do imposto de
renda e o desconto da inflação. Verifiquem se a
rentabilidade do investimento que aparece
em seu extrato bancário inclui ou não o imposto
de renda pago. Depois de abater o IR,
vocês devem subtrair a inflação mensal usando os
índices mais comuns do mercado (IGP-M ou
INPC) ou um índice próprio de inflação, baseado
na variação de seus custos fixos mensais.
2) Corrigir o valor mensal pela inflação:
nunca se esqueçam de corrigir periodicamente pela
inflação o valor mensal a ser poupado. Se
isso não for feito, o dinheiro acumulado no futuro
será aquele que vocês projetaram, mas a
capacidade de compra dele - isto é, seu valor - será
bem menor. A mesma inflação que vocês
usam para "limpar" sua taxa de juros deve ser
usada para aumentar o valor mensal a ser
poupado.
Faço questão de enfatizar a idéia de que as
coisas mais importantes da vida são acessíveis a
qualquer pessoa. Momentos únicos a dois,
abraços carinhosos dos filhos, beijos apaixonados e
intermináveis, caminhadas por lugares
desconhecidos, horas de paz sem fazer nada em um local
bucólico são prazeres simples, que nada
custam e são deixados para trás - e por quê? A desculpa é
a falta de tempo que o trabalho nos impõe.
Sim, mas o trabalho nos rouba o tempo porque
desejamos ter mais dinheiro. E desejamos
ter mais dinheiro para poder consumir, para poder pagar
aquela peça de teatro que estará em cartaz
somente até esta semana, para assistir àquele espetáculo
caríssimo, de apresentação única, ou para
poder renovar o guarda-roupa (já que a moda mudou).
Gastamos o pouco tempo que temos em consumo
porque todo o tempo restante é dedicado ao
pagamento do tempo de consumo. Não há
lógica!
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